Trilha sonora
Figura Humana
Cia Tercer Abstracto (Chile / Brasil)

Concepção: Tercer Abstracto (Chile, Brasil)
Função no projeto: Composição e produção de trilha sonora, técnica e operação de áudio.
Sobre: A partir do manifesto Homem e Figura Artística (1925) de Oskar Schlemmer, professor do ateliê de teatro da Escola da Bauhaus, Figura Humana, décimo espetáculo da Tercer Abstracto, coloca como protagonista da ação cênica o corpo humano. O corpo humano como mobilizador da arquitetura cênica: este é o disparador de uma proposta sobre o trabalho de composição, projetando e imaginando uma proposta que transita entre a linguagem do teatro, da dança e da matemática. Como pensar a Figura Humana como articuladora do espaço cênico? É possível imaginar o palco como laboratório? É possível estabelecer uma analogia entre a arquitetura cênica e a arquitetura social?
Tordesilhas
Cia Tercer Abstracto (Chile / Brasil) e Silly Season (Portugal)

Concepção: Tercer Abstracto e Silly Season
Função no projeto: Composição e produção de trilha sonora, técnica e operação de áudio.
Sobre:
Em 1494, há 530 anos, o Reino de Portugal e a Coroa de Castela assinaram um tratado que dividia as terras “descobertas e não descobertas”. No auge de uma idade de ouro, os impérios ibéricos dividiram o mundo, deixando o destino de suas decisões aos povos que posteriormente colonizaram. Como podemos hoje dialogar sobre isso? Quais são as consequências dessas decisões tomadas por nossos antepassados?
“Tordesilhas” é um projeto de criação teatral entre três países (Portugal, Brasil e Chile) que pretende provocar um diálogo transcultural sobre nossas diferenças e semelhanças para compreender, a partir do presente, como essas determinações históricas sobre nossos territórios e fronteiras geraram o que somos hoje: nossas falhas, nossas crises, nossas expectativas e misérias.
Florestania
Eliana Monteiro


Concepção: Eliana Monteiro
Função no projeto: Design de som, entre outros.
Sobre: Como a Florestania pode ser evocada para facilitar nossa reconexão com a floresta?Como resultado dos incêndios que devastaram a região amazônica por vários dias, em 19/08/2019, São Paulo anoiteceu às 16h. O ar estav denso e carregado de fuligem. Convencida do impacto da intervenção urbana e enfrentando o imperativo crescente da preservação da Amazônia, Eliana Monteiro criou a instalação Florestania como um meio de reacender nossa conexão com a natureza. O conceito de Florestania, de acordo com o colunista Antonio Alves, consiste na desmistificação do antropocentrismo moderno e na integração entre a humanidade e a natureza, mediada por meio de um pacto socioecológico de respeito pela vida em todas as suas formas
Concepção sonora O desenho de som de Florestania foi produzido em colaboração com os artistas Gregorio e Kako Guirado. Projetada para representar a Amazônia, o principal objetivo da trilha sonora era proporcionar uma experiência contemplativa e imersiva. Para alcançar esse objetivo, os artistas conceberam um roteiro de sons que conduzia o ouvinte por uma jornada imaginária pela floresta. Esse roteiro sonoro condensou a passagem de um dia em aproximadamente 15 minutos de áudio, incorporando espécies de insetos e animais para marcar as transições do amanhecer ao meio-dia e ao anoitecer, indicando a passagem do tempo. A realização deste projeto envolveu a aplicação de técnicas de segmentação de áudio baseadas em áreas de frequência, permitindo aos artistas isolar elementos específicos da paisagem sonora da floresta, tais como diversas espécies de aves e insetos. Após a segmentação, os elementos sonoros foram meticulosamente recombinados e espacializados, resultando em uma experiência auditiva binaural.
SACAROSE
Edu Rosa

Concepção, dramaturgia e performance: Edu Rosa
Função no projeto: Sonorização, composição e produção musical
Sobre: SACARIOSE é uma obra de autoficção que traça um paralelo entre as memórias históricas do cultivo de cana-de--açúcar no Brasil e as memórias pessoais do ator referentes aos abusos trabalhistas vividos por seus familiares nos canaviais. A peça traz ao palco a discussão sobre os vestígios do passado colonial brasileiro que se mantêm “vivos” até hoje. Para exemplificar e fazer com que o público mergulhe no cenário, a obra opera no limite entre realidade e ficção, fazendo uso de depoimentos dos familiares do performer, que são ex-bóias-frias, em contraste com a figura de um narrador que não se reconhece na realidade em que está inserido. Ele precisa da cana-de-açúcar para “passear” pelas suas origens. Este narrador é a metáfora caricatural de um Brasil que acredita ser uma república progressista enquanto mantém o cultivo de seus velhos hábitos coloniais.
Vozes da Parede

Concepção: Paula Halker, Emilie Becker, Marina Legaspe, Gabrielle Távora.
Função no projeto: Composição e produção de trilha sonora, desenho de som.
Na exposição "Vozes da Parede: O Testemunho do Espaço", Paula Halker (performance, escultura e fotografia), Emilie Becker (som), Marina Legaspe (arquitetura) e Gabrielle Távora (produção), uniram-se para explorar o tema da dissolução e fragmentação do corpo feminino dentro do ambiente doméstico. A exposição apresentou uma variedade de obras em mídias como escultura, vídeo e performance. Nela, as artistas exploraram a imagem de um corpo feminino diluído- desfeito e morto- pelo espaço doméstico.